Biografia de Stalin
Stalin
Stalin foi o ditador russo que comandou a União Soviética
até sua morte em 1953.
Ioseb Besarionis Dze Djughashvili nasceu em Gori no dia 21
de dezembro de 1878. O nome Josef Stalin só passou a ser utilizado em 1913, por
ocasião de sua deportação para a Sibéria. Era filho de pais pobres e passou
muitas dificuldades em sua infância. Stalin chegou a estudar em um colégio de
padres, mas por apresentar concordância com a ideologia marxista acabou sendo
expulso. Envolveu-se ainda com várias ações ilegais como assaltos, em um deles
40 pessoas foram mortas. Stalin foi preso e passou vários anos na cadeia.
O nome Josef Stalin passou a ser utilizado quando esteve
deportado por causa de uma prisão na Sibéria. Stalin significa, em russo, homem
de aço. Após as prisões e deportações, Stalin se aproximou de Lênin e seu grupo
que planejavam a Revolução Russa. Entrou então para o Partido Social Democrata
Russo e tornou-se o braço direito de Lênin. O Partido Bolchevique, que reunia
os defensores de reformas na Rússia pela via revolucionária, assumiu o controle
da Revolução Russa de 1917 e o poder no país. O partido converteu-se em Partido
Comunista, no qual Stalin se tornou secretário-geral do Politburo, o órgão
máximo dentro do partido.
A questão do socialismo gerou uma disputa ainda dentro do
Partido Comunista. Uns acreditavam que a revolução tal como ocorrera na Rússia
deveria ser expandida para outros países no mundo, enquanto uma ala acreditava
que a revolução deveria ser restrita ao que viria a ser a União Soviética. O
representante maior do primeiro argumento era Leon Trotsky, enquanto Stalin
defendia que a revolução deveria ficar na Rússia. Após a morte de Lênin, as
duas correntes de pensamento entraram em choque para definir quem seria o
sucessor. Passado algum tempo de debate, o partido escolheu a corrente de
Stalin, assumindo este a liderança da União Soviética.
O governo de Stalin começou rigoroso, o líder do partido
assumiu uma conduta de ditador e passou a caçar e matar todos que pudessem
causar alguma ameaça ao sistema. Trotsky, derrotado, saiu insatisfeito e passou
a ser um grande crítico do governo stalinista. Como punição, Stalin mandou
matar a machadadas o opositor que estava exilado no México.
Stalin expulsou do partido e do exercito soviético todos os
inimigos consolidados ou em potencial. Milhões de pessoas foram presas sob seu
governo ditatorial. Mas Stalin fez a União Soviética crescer
significativamente, assumindo o caráter de superpotência no mundo e criando um
império proporcional ao Antigo Império Russo. A partir de 1928, impôs uma
industrialização intensiva e a coletivização da agricultura, o que gerou uma
reorganização social.
Durante a Segunda Guerra Mundial, Stalin, juntamente com a
União Soviética, esteve ao lado dos combatentes ao nazismo e foi decisivo na
derrota sofrida pela Alemanha de Hitler. A União Soviética e os Estados Unidos
se configuraram como os grandes vencedores da guerra, em 1945.
Com o conflito encerrado, estabeleceu alianças militares e
econômicas com as repúblicas socialistas do leste europeu e intensificou a
polarização do mundo entre capitalismo e comunismo. Com o fim da Segunda Guerra
Mundial, Estados Unidos e União Soviética se colocaram em um novo confronto,
porém este não permitia o embate direto entre as potências, uma vez que ambas
possuíam arsenal suficiente para a mútua destruição. A Guerra Fria se estendeu
então até praticamente o fim da União Soviética.
No dia 5 de março de 1953, Stalin faleceu em decorrência de
uma hemorragia cerebral. Seu corpo passou a ser exposto no mesmo salão em que
se encontra o corpo de Lênin, na Praça Vermelha, em Moscou. Porém, no XX
Congresso do Partido Comunista, realizado em 1956, Nikita Khrushchov denunciou
os crimes cometidos por Stalin. Os dados apresentados revelavam a ordenação da
morte de aproximadamente 4 milhões de pessoas, mas pesquisadores acreditam que
esse número possa chegar a 20 milhões de indivíduos. Após a denúncia, o corpo
do “Pai dos Povos”, como era chamado Stalin, foi enterrado próximo aos muros do
Kremlim, onde permanece até hoje.
Por Antonio Gasparetto Junior
Mestrado em História (UFJF, 2013)
Graduação em História (UFJF, 2010)
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